O tempo é amigo do viajante!

Sete horas acordo. Até sete e vinte tomo banho e me arrumo. Sete e meia já tenho que estar com café tomado!

- Cadê minha chave e carteira?

Elevador lotado! Pego o carro e vou ao trabalho. Pela manhã respondo os e-mails e

mensagens de whatsapp, depois começo a resolver as pendências listadas pelo Trello.

Meio dia paro e almoço, só uma horinha!

Volto ao escritório e fico até o entardercer. Fim de turno!

Hora de voltar para casa, o trânsito hoje tá pesado!!!

Elevador lotado, de volta ao lar, e cá pra nós...bastante cansado!

Só um banho, um jantar quentinho e hora do descanso. Amanhã sete horas acordo!

Rotina que sou grato, mas é marcada pelo ponteiro do relógio e as tarefas do cotidiano.

Mas...eu viajo! E aí...ahhhh, aí não trabalho levado pelo tempo, lá é quando o tempo é guiado pelos meus passos.

Acordo 8,9,10 ou 11...depende do meu cansaço. Depois tomo banho de 5, 10 ou 15 minutos. Sem pressa de arrumar e com aquele tempo de sobra pro café. Consigo sentir um pouquinho das mastigadas, dos sabores e apreciar as cores da manhã.

Piso na rua com tempo pro acaso, o tempo não é mais contado pelos ponteiros e sim pelos momentos vividos.

Não existe hora do café, hora do almoço, hora de ir, hora de fazer isso ou aquilo. Existe apenas...estou com fome disso, quero virar a direita ou a esquerda, vou tomar mais 1 hora de sol, cansei daqui vou ali, quero dormir um pouquinho agora a tarde, quero beber uma cerveja, não tô afim de sair hoje a noite, ontem já virei acordado! Que rua bonita, que árvore assim, que museu assado! Que gente legal, que idioma encantador!Que dia especial! Vou com essa roupa mesmo. Quero pentear cabelo hoje não. Vou usar essa roupa nova pra curtir agora.

Vou parar aqui...um café com pão de queijo, por favor? Obrigado!

Lanche delicioso, agora vou voltar pro hostel!

- Quem chegou no meu quarto?

Hoje tem violão na varanda :))

E assim vão os dias viajados, regidos pelos momentos e não pelos ponteiros.

Quem também é apaixonado pela alma viajante? Qual o seu próximo destino? Texto: Benedito Roma